A Importância da Literatura Imaginativa



   A literatura ficcional, embora considerada supérflua hoje em dia, sempre foi indispensável para a humanidade. Você, certamente, teria dificuldade em viver em um mundo onde não existe cinema, filmes, novelas, livros e histórias. Porque? Se não passam de histórias inventadas?
   Por incrível que pareça, a literatura imaginativa parece ter surgido antes ainda do que livros didáticos. Então, porque a humanidade começou com a literatura criativa? Como surgiu a necessidade de criar histórias? As considerações à seguir tentam responder a essas perguntas.
   No início da civilização humana, os povos não dispunham de muitos meios para registrar a sua história; pois a ausência da escrita tornava difícil para as civilizações compreenderem o seu próprio passado. Na época, esses povos usavam a imaginação; eles tinham que criar, na tentativa de compreenderem a si mesmos. A invenção da escrita, que também foi o alvorecer da literatura, motivou os povos a registrarem, a princípio, esse modo imaginativo em que já compreendiam a si mesmos: lendas, mitologias.
   Raciocinando sobre isso podemos entender como e porque surgiram as histórias imaginárias: de uma tentativa primitiva de compreendermos a nós mesmos, em uma época que não tínhamos ainda a habilidade de registrar nosso passado para compreendê-lo.
   Ainda hoje, adoramos histórias imaginárias, porque estimular nossa imaginação nos ajudou a sobreviver em um passado remoto.
   Eu diria que, ao longo da nossa história como civilização, passamos muito mais tempo imaginando do que raciocinando; uma vez que a ciência se desenvolveu apenas no decorrer do milênio passado.
  O pensamento imaginário ainda nos é uma forma mais familiar de entendermos o mundo à nossa volta. Por isso ainda gostamos tanto de histórias inventadas e fantasiosas. Tanto ouvi-las quanto criá-las.

Quando crianças, temos a imaginação mais apurada para nos ajudar a entender o mundo enquanto não desenvolvemos o raciocínio. Essa forma diferencial de compreender a realidade não é menos importante quando ficamos adultos.

   Mas a imaginação não deixou de ser importante para nós hoje. É uma segunda forma de compreensão da realidade, que complementa o raciocínio.
   Analisar aspectos da realidade de uma perceptiva imaginativa ainda nos ajuda em nossa compreensão da realidade. Mesmo a história mais fantasiosa nos leva a interpretar, refletir e, após esse processo, compreender certos pontos com maior rapidez. E, de alguma forma, aplicamos o que lemos dentro de nossa realidade.
   Nos inspiramos com histórias imaginárias; com elas, é mais fácil construirmos nosso futuro segundo nossos ideais. Podemos nos inspirar nas qualidades de uma personagem fictícia: sua bravura, sua persistência, sua abnegação.
   Podemos também fazer paralelos dos eventos fictícios da história com eventos históricos e obter uma compreensão diferenciada das motivações das personalidades históricas, de civilizações e também do desenrolar de eventos históricos, de um modo que nenhum historiador poderia.
  Mesmo para escrever a história mais fantasiosa, o escritor usa como base suas experiências e observações; assim, ele ainda está escrevendo sobre a realidade. Usar as próprias observações e vivências para fantasiar, deixá-las passar pelo processo imaginativo, resultam em um ponto de vista da realidade que o raciocínio lógico não alcança tão fácil.
   Há detalhes da realidade que só podem ser percebidos pelo processo imaginativo. A prova disso é que ficamos mais inteligentes quando lemos muitos livros, mesmo que ficcionais.
   Mesmo atualmente, conforme desenvolvemos nossa inteligência, usamos primeiro a imaginação para entendermos o mundo à nossa volta e a nós mesmos. Crianças tem a imaginação muito mais desenvolvida, é o modo nativo de entendermos o mundo ao nosso redor. Alguns adultos conseguem manter a imaginação desenvolvida.
   Imaginar foi a primeira forma da humanidade tentar entender o universo. Nós ainda preservamos esse processo mental precioso. É por isso que ainda gostamos de inventar histórias, são nossas "lendas e mitos", é nossa imaginação ainda buscando uma compreensão melhor do mundo. Esse processo imaginativo não é menos importante que o raciocínio, porque funciona como um ótimo complemento dele. Portanto, livros de ficção são importantes para o desenvolvimento completo da inteligência.
  A imaginação é desprezada por muitos acadêmicos, de áreas mais racionais. O que leva muitos a segui-los nesse desprezo. Temos que nos lembrar da importância da literatura imaginativa para o desenvolvimento completo da inteligência humana.


"A imaginação é mais importante do que o conhecimento. O conhecimento é limitado, mas a imaginação envolve o mundo."
- Albert Einstein 

2 comentários:

  1. Caro autor, o tema interessou-me e fui ao seu blog. Escrevo esse comentário porque também escrevo um blog, e gostaria muito de ter alguém que me dissesse o que lhe vou dizer. O intuito é ajudá-lo, ainda que vc vá ficar chateado com o que eu direi, mas é a verdade, a pura verdade: Você tem ideias ótimas, mas não as sabe pôr no papel, escreve mal, de forma confusa, querendo dar um ar de ciência, o que ainda é pior. Saiba que o tempo me ensinou que o quanto mais simples e despretensioso se for, mais se estará perto da verdade, e só a verdade atinge o objetivo de tocar as pessoas. Outra dica, penso que vc deve ter word, e o corretor de word coloca palavras parecidas com aquelas que nós queríamos ter escrito, mas que são outras e destroem a lógica do texto. É muito importante fazer pelo menos duas re-leituras, para ver se o que lá está foi o que vc realmente escreveu, e se está bem para o entendimento de todos, saiba que vc já sabe muito bem o que lá está, o que deve procurar saber é se alguém que não tenha nenhuma ideia do assunto que vc está tratando o entenderá. Às vezes é difícil, mas é a única maneira de se conseguir um texto razoável. Atentamente, Helder.

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    1. Obrigado pela dica. Considero o seu tipo de comentário sincero precioso. Estou sempre atento às criticas e buscando melhorar com elas. Vou melhorar as partes do texto que parecem confusas. Talvez o que aconteceu nesse caso é que eu escrevi um artigo para um público diferente do que eu havia me proposto até então; então usei um vocabulário diferente. Mas eu confio plenamente que todos os que costumam ler meus artigos foram capazes de entender esse artigo. O que eu tentei passar nesse artigo acho muito relevante ser dito.

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